Jeff Chan põe sobre o protagonista de “Code 8: Renegados” (2019), história cheia de particularidades, um rol de atribuições que só mesmo alguém dotado de superpoderes é capaz de suportar. Mas neste caso, o feitiço pode virar contra o feiticeiro: ser tão diferente dos outros implica problemas molestos demais.

As histórias românticas são contadas desde o início do cinema. E, como o amor é um tema universal, consegue atingir a todos de alguma maneira e emociona até mesmo os mais insensíveis. Para ajudar aqueles que adoram filmes de romance, a Revista Bula avaliou o catálogo da Netflix e reuniu em uma lista sete ótimos títulos do gênero. A seleção traz filmes de diferentes épocas e nacionalidades, mas todos foram bem avaliados pelo público e pela crítica especializada em cinema.

Drive é classificado como um filme do gênero ação, mas entra constantemente em contradição com esse fato, porque apesar de suas corridas de carro e lutas, suas cenas não são despropositadas e vazias. Temos um protagonista que fala mais com seus olhos que com sua boca e é movido por lealdade e amor. Uma obra-prima do cineasta dinamarquês Nicolas Winding Refn, “Drive” tem fotografia noir pincelada de neon, trilha sonora metalizada e futurista e um enredo que exala profundo respeito pela inteligência do espectador.

Mesmo passando ao largo da trajetória política de Franco, um dos ditadores mais abjetos da história, “Surdo” (2019) só existe porque figuras como o autocrata existiram. Alfonso Cortés-Cavanillas faz um recorte preciso dos conflitos em seu país, remontando, claro à Guerra Civil Espanhola (1936-1939), não por acaso o momento em que Franco se consolida no papel de grande timoneiro da Espanha fascista.

O preconceito por motivação racial continua a ser uma chaga aberta na história da humanidade, e, em especial, na dos Estados Unidos. É por aí que envereda Melina Matsoukas em “Queen & Slim” (2019), trabalho hercúleo de tentar jogar luz sobre a discriminação racial nos Estados Unidos — e, por extensão, em qualquer lugar onde ela aconteça —, tarefa ingrata, mas da qual ninguém que se queira minimamente digno consegue fugir.