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A história se passa na paradisíaca Bali, na Indonésia, embora tenha sido rodada na Austrália, na região de Queensland. A trama acompanha David (Clooney) e Georgia (Roberts), um casal divorciado que decide embarcar em uma viagem ao outro lado do mundo com um propósito claro: impedir que sua filha Lily (Kaitlyn Dever) se case com um jovem local após um romance relâmpago. Embora a convivência entre os dois seja permeada por ressentimentos e ironias, eles se unem na tentativa de persuadir Lily a reconsiderar sua decisão e a seguir a trajetória que eles idealizaram para ela.

O roteiro de Crowe enfatiza que cada época impõe seus desafios particulares, mas certas barreiras éticas parecem intransponíveis ao longo do tempo. A jornada do protagonista ilustra como a coerência pessoal pode ser punida com o ostracismo, enquanto a conveniência é frequentemente recompensada. Há um ponto em que cada um precisa decidir entre ceder às circunstâncias ou insistir naquilo que acredita ser justo, ainda que isso signifique perder tudo. Crowe trata essa encruzilhada com sensibilidade, conferindo humanidade ao conflito interno de seu protagonista.

Nada é tão terapêutico para alguém que atravessa uma daquelas aniquiladoras crises existenciais da juventude que pensar nas mil esperanças que lugares como a Itália rural guardam, e “La Dolce Villa” revela-se uma história cheia de lances tensos, apesar de  amaciados pela paisagem e pela condução quase farsesca. Com tarimba de sobra nesse departamento, Mark Waters faz de “La Dolce Villa” outro agradável passeio pelos tão humanos desejos e contradições.

No universo das comédias românticas, algumas histórias se acomodam ao previsível, enquanto outras desafiam convenções sem perder o brilho. Esta produção se insere no segundo grupo, partindo de uma premissa extravagante para construir algo inesperadamente cativante. O que começa como um espetáculo midiático logo se revela uma jornada de amadurecimento, onde a busca pelo amor se entrelaça com a redefinição de identidade, desejos e ambições.