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O filme da Netflix que te fará roer as unhas Divulgação / Netflix

O filme da Netflix que te fará roer as unhas

: O italiano Francesco Lettieri enfronha-se nesse lado ominoso do futebol e seu “Ultras” chega a parecer um estudo antropológico acerca das propriedades destrutivas desse esporte, que, claro, é tomado não como um exercício altamente eficaz para se manter a forma ao aliar práticas aeróbicas e momentos de explosão em que a resistência do organismo vai ao limite, mas sob a forma de um negócio perverso, que alija de seu eixo boa parte daqueles que o sustentam.

Um diamante escondido na Netflix: o melhor filme que você não assistiu Divulgação / Studiocanal GmbH

Um diamante escondido na Netflix: o melhor filme que você não assistiu

O início de “O Profissional” (1994), do francês Luc Besson, felizmente, engana. Ao sugerir o encontro fortuito de um sujeito de 31 anos com uma garota de 12 — e só isso já foi o bastante para que mentes depravadas alimentassem suas próprias fantasias imundas e tecessem toda espécie de teoria sobre o que de fato o diretor pretendia com o filme —, Besson começa seu jogo de gato e rato com o espectador, atirando petiscos que atraem a audiência para a direção oposta para a qual deveria ir, enquanto deixa seu lado manipulador tomar conta da história.

Suspense asfixiante da Netflix é um dos filmes mais agonizantes da história recente do cinema Divulgação / Netflix

Suspense asfixiante da Netflix é um dos filmes mais agonizantes da história recente do cinema

Um filme agonizante, “A Trincheira Infinita” narra a vida de um crítico do governo franquista durante o regime do general na Espanha. O filme corta mais de três décadas para narrar o desespero de uma família para proteger o marido e pai Higino Blanco, um homem obrigado a viver confinado em dentro de uma parede em sua própria casa por quase toda sua vida.

Ganhador do Oscar, filme digno de adoração está na Netflix e você não assistiu Divulgação / Sony Pictures

Ganhador do Oscar, filme digno de adoração está na Netflix e você não assistiu

Um dos cineastas mais sofisticados do cinema hoje, o franco-canadense Denis Villeneuve nunca se furtou a exaltar a genialidade de seu antecessor; o britânico Ridley Scott, por seu turno, sempre reconheceu que seu trabalho, primoroso, poderia não estar a salvo de retoques — como todo produto cultural, aliás. Juntou-se à fome a vontade de comer, ou por outra, o desejo de retaliação à necessidade de matar. Nasceu “Blade Runner 2049”.