Você não assistiu, mas deveria: um dos melhores filmes de ação 2023 está na Netflix Divulgação / Nicolas Auproux

Você não assistiu, mas deveria: um dos melhores filmes de ação 2023 está na Netflix

“Agente Infiltrado” marca sua estreia no cinema, lembrando thrillers de ação como “Chamas da Vingança”, sob a direção competente de Morgan S. Dalibert e com um roteiro inteligente coescrito por Alban Lenoir. Este último não só contribui com sua escrita, mas também com uma atuação sólida, dando vida ao protagonista Adam Franco. Franco, interpretando um agente disfarçado, penetra numa organização criminosa perigosa, visando capturar o suspeito mestre do caos, o sudanês Moktar, papel de Kevin Layne.

O filme da Netflix que foi assistido por 150 milhões de pessoas Christian Black / Netflix

O filme da Netflix que foi assistido por 150 milhões de pessoas

As narrativas cinematográficas, sobretudo as enraizadas no gênero ação, têm a peculiar capacidade de se metamorfosear, indo além do esperado balé de violência estilizada e confrontos épicos. Elas podem, de forma surpreendente, imergir o espectador em dilemas éticos e políticos, desafiando a percepção simplista que rotula heróis e vilões de acordo com arquétipos ultrapassados. Nesse intricado cenário, onde a linha entre o certo e o errado se desfaz, emergem reflexões sociais profundas.

O suspense mais agonizante e perturbador da última década está na Netflix e você pode não ter assistido Jonny Cournoyer / Paramount Pictures

O suspense mais agonizante e perturbador da última década está na Netflix e você pode não ter assistido

“Um Lugar Silencioso” recusa o susto pelo susto e assim mesmo consegue incluir o espectador naquilo que vai à tela. O filme de John Krasinski, uma exaltação à inteligência do público ao nunca se curvar às suas preferências, demonstra com tal expediente que quem assiste tem de aprender a exigir mais — até (ou principalmente) das histórias de terror.

Zizi Possi: um dos mais belos shows de 2023

Zizi Possi: um dos mais belos shows de 2023

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche proclamou certa vez: “Sem a música, a vida seria um erro”. A cada dia que passa, percebo a profundidade dessa verdade. Nesta semana, tive a oportunidade de assistir, no icônico Blue Note em São Paulo, a uma performance memorável da cantora Maria Izildinha Possi, mais conhecida pelo público como Zizi Possi. Aos 67 anos, Zizi mantém uma qualidade vocal que a distingue notavelmente em meio àqueles que se proclamam cantores. A maestria com que emprega seu alcance vocal, particularmente como soprano, combina-se perfeitamente com sua habilidade única de equilibrar a técnica vocal e a interpretação emocional.

O olhar e a escuta de Kleber Mendonça Filho Divulgação / Ancine

O olhar e a escuta de Kleber Mendonça Filho

O filme “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, é um acontecimento. Chamá-lo de documentário pode ser pouco, em vista dos elementos variados que compõem a história. O diretor fez, de novo, um cinema que pensa e não apenas narra uma boa trama. A obra está nos serviços de streaming para venda e aluguel. O olho de Mendonça vê o que passa despercebido das pessoas, e a escuta vai mais além para pegar coisas dispersas e perdidas no mundo moderno — que pode ser apenas uma casa, uma rua da cidade do Recife ou mesmo o país.