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As reflexões de Rosa Montero sobre o mundo de Marie Curie, a literatura, o amor e a morte

As reflexões de Rosa Montero sobre o mundo de Marie Curie, a literatura, o amor e a morte

O livro “A Ridícula Ideia de Nunca mais te Ver” é uma autoficção. Rosa está inspirada. O diário de Marie é o motivo. Quando ela inicia seu relato, pensamos: como é possível que o nascimento ou a morte nos permite “espiar pela fresta da verdade”? Não é sobre nosso nascimento e nossa morte de que Rosa fala, uma vez que não nos lembramos do primeiro evento e ainda não enfrentamos o segundo, é sobre o que acontece com o outro. No seu fluxo de pensamento, Rosa se compara à Marie.

Camus segundo Enrique Vila-Matas

Camus segundo Enrique Vila-Matas

Enrique Vila-Matas é um premiado escritor Espanhol, nascido em 1948 em Barcelona. Ele viveu autoexilado em Paris onde amadureceu sua prosa e é um dos mais cultuados escritores contemporâneos. Herdeiro da literatura Borgiana, apresenta em seu trabalho forte presença de intertextualidade e metalinguagem. Sua ficção é um misto complexo de histórias puramente inventadas com constantes citações de obras literárias, artes em geral, música (compositores e intérpretes), grandes cânones.

A obra-prima de Joyce Carol Oates Bernard Gotfryd

A obra-prima de Joyce Carol Oates

“A Fi­lha do Co­vei­ro” (Al­fa­gu­a­ra, 599 pá­gi­nas, tra­du­ção afi­a­da de Ve­ra Ri­bei­ro), obra-pri­ma de Joyce Ca­rol Oa­tes, é um ro­man­ce que exi­be a be­le­za (Re­bec­ca Schwart, a mú­si­ca de Be­e­tho­ven) cer­ca­da por imen­sa dor (na­zis­mo ale­mão, in­to­le­rân­cia ame­ri­ca­na, vi­o­lên­cia fa­mi­liar). Uma tra­gé­dia gre­ga, con­ta­da por uma Dos­toi­évski que ves­te saia, com uma es­pé­cie de re­den­ção, mas não re­li­gi­o­sa, e sim ter­ri­vel­men­te hu­ma­na.

O livro brutal e censurado de Henry Miller Johan Hagemeyer / MET

O livro brutal e censurado de Henry Miller

Não são os vestígios que importam, mas suas fontes humanas. A arqueologia não deveria se ocupar das ruínas, mas do esplendor das mãos anterior a elas. Isso poderia tirar do estudo do passado remoto sua roupagem funerária, sua obsessão por túmulos, suas descobertas que se transformam em museus suntuosos. Descobrir um gesto numa fogueira extinta é mais importante do que ver imobilizado um trono de ouro acompanhando múmias.