O filme digno de Oscar, na Netflix, que vai querer assistir duas vezes
Um homem reza um Pai-Nosso numa floresta tomada de neve e, sem a menor evidência de um latente prurido moral, alveja um cervo: desde a primeira cena, uma bruma de mal-estar paira sob os “Os Suspeitos”, um dos melhores thrillers criminais da última década. Aqui, o diretor vale-se de sutilezas de linguagem, diretamente proporcionais ao trabalho dos atores, um dos maiores trunfos do filme — mesmo que um grande equívoco ameace o resultado final —, para fazer do roteiro de Aaron Guzikowski uma experiência para muito além do fabuloso.