Crônicas

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

O trabalho dignifica o homem. O lazer dignifica a vida

“Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida.” A frase do pensador Confúcio tem sido o mantra de muitos que, embalados pela concepção de que ofício e prazer não precisam se opor, buscam um estilo de vida no qual a fonte de renda seja também fonte de alegria e satisfação pessoal. A questão é: trabalho é sempre trabalho. Pode ser bom, pode ser até divertido, mas não substitui a capacidade que só o lazer possui de tirar o peso de um cotidiano regido por prazos, horários, metas.

Acredite: é bom pensar na velhice enquanto você ainda é jovem

Acredite: é bom pensar na velhice enquanto você ainda é jovem

Não somos preparados para a morte. Aqui por essas bandas ocidentais, morrer parece não fazer sentido, embora seja a única certeza que de fato se tenha em vida. A ideia de ter a existência findada aqui na Terra causa terror e parece especialmente desnecessária quando — espera-se — ainda se está a tantos anos de seu atingimento. Se a morte é um mau agouro ao qual não vale a pena dedicar energia, que dirá a fase moribunda que a precede.

Quanto mais convivo com os gatos, mais aprendo sobre os humanos

Quanto mais convivo com os gatos, mais aprendo sobre os humanos

Se antes de adotar minhas gatas eu nunca tinha pensado em viver com felinos sob o mesmo teto, imagine, então, criar uma conta no Instagram para as gatinhas. Elas seguem gatos do mundo inteiro e são seguidas por eles. Descobri que são muitas as contas que postam fotos e vídeos do dia a dia dos seus gatos, com a curiosidade de as legendas serem o que os bichanos estão dizendo ou pensando.

Como remendar um coração partido

Como remendar um coração partido

Não importa a paisagem. Tristeza não carimba passaporte. No Japão, no Jalapão, na República do Gabão, tanto faz, há sempre algum sentimento amável escorrendo dentro de veias tortas até eclodir um coração partido. Nos Estados Unidos, o índice de separados não para de crescer. A intolerância racial também cresce, mas, isso não é assunto pra agora, isso é outro dilema.

Se for tarde demais, a gente aproveita a madrugada

Se for tarde demais, a gente aproveita a madrugada

Quem vive no passado anda de mãos dadas com a melancolia. Acaba por morar próximo de um vizinho carrasco, cujo nome é o ressentimento. Não há perdão nem à própria história: “aquilo que era vida”, “eu era feliz e não sabia”, “se eu tivesse feito assim, tudo teria sido diferente”. Tortura e sofreguidão, servidos na bandeja dos ressentidos! Entretanto, quem vive no amanhã é amigo próximo da ansiedade. Sempre à espera. Sempre à espreita. E toda essa agitação faz o futuro não chegar.