Autor: Marcelo Franco

Lendo na guerra

Lendo na guerra

Escrevi em algum lugar que funciono como aqueles soldadinhos de brinquedo em que é necessário dar corda para que eles saiam por aí fazendo as suas soldadices. Em matéria de leitura, por exemplo, a corda óbvia dos últimos dias me levou a ler o que me veio às mãos sobre a Rússia e a Ucrânia; assim, o livro de Robert Massie sobre Pedro, o Grande era o nº 1.347 da minha lista e saltou para o primeiro lugar, com honras.

“Querencia”: eu e Goiânia

“Querencia”: eu e Goiânia

Aqueles que me conhecem sabem: gosto imensamente de viajar. Não só da viagem em si, mas também da sua preparação e, depois, da sua recordação; por isso mesmo, aliás, leio guias de turismo como se fossem clássicos da literatura. Viajo, logo existo; contudo, a cada nova viagem e retorno, as agruras cotidianas desta cidade que consegue superar constantemente os seus próprios limites de desorganização me exasperam e me levam a me perguntar por que aqui permaneço.

Miles ahead, always

Não gosto de jazz. Não gosto ou não o entendo, sei lá — pouco distingo um saxofone bem assobrado de qualquer muzak de quinta categoria. Salvam-se umas coisinhas aqui e ali, pois até a minha ignorância tem limites, creio eu (tem?). Digamos “Bitches Brew”, do Miles Davis, que não deixa nunca de me espantar.

Bruno Covas: a coragem é a forma suprema da elegância

Bruno Covas: a coragem é a forma suprema da elegância

Por que sentimos tanto a morte de pessoas distantes, como o Bruno Covas? Sim, era um político conhecido e era muito jovem, mas me parece haver algo a mais. Eu diria que a elegância e a coragem nos tocaram a todos. Queremos nos crer sempre corajosos, mas o fato é que nunca sabemos como iremos reagir em situações adversas, falhos — humanos — que somos.