Autor: Lanier Rosa

Ao meu pai, que se foi, meu muito obrigado para sempre

Ao meu pai, que se foi, meu muito obrigado para sempre

Lembro bem do dia em que o céu ganhou uma estrela solitária. Era véspera de uma data especial, algo que para a maioria dos familiares deixava tudo mais difícil. Não para mim. Naquele dia em que ele foi embora, vi um embate de uma jornada de duas décadas e alguns anos se findar. Recusei veemente durante toda a vida os fortes e profundos traços que minha personalidade (e rosto) trazia do meu pai. A psicologia explica: não queremos ser parecidos com os nossos pais, essa figura de autoridade incompreensível e, por vezes, interpretada por nós como ultrapassada. A maturidade muda isso — ou um grande e surpreendente acontecimento.