Autor: Eberth Vêncio

Não matarás, cidadão de bem

Não matarás, cidadão de bem

Da última vez que visitei o meu pai, assistimos juntos, pela TV, ao presidente da república vociferando que enviaria projetos de última hora ao Congresso Nacional, a fim de acelerar o processo de armamento da população. Carecia “armar o cidadão de bem”. Está cumprindo à risca uma das suas principais promessas de campanha, ocasião em que ele, os seus seguidores e os seus apoiadores imitavam armas utilizando, de forma patética, os dedos das mãos.

Que tipo de povo elege um idiota?

Que tipo de povo elege um idiota?

Correligionários comemoravam a eleição do deputado Cara-de-Cicatriz para a Presidência da Câmara dos Horrores. O palacete fora cedido por um bajulador do governo, um empresário conservador nos costumes e liberal no costume-de-extorquir, o qual já tinha se declarado inocente pelos crimes cometidos e favorável ao reajuste periódico das propinas, à volta da tortura com música sertaneja e ao retorno imediato dos militares aos quartéis.

Se Deus for mesmo brasileiro, estamos ferrados

Se Deus for mesmo brasileiro, estamos ferrados

Só pelo título já sei que um monte de gente vai me mandar para Cuba, para a Venezuela ou para a PQP. O presidente, com seu palavreado chulo, anda a fazer escola. Não me atingem. O meu amor-próprio verga, mas, não quebra. Já me acostumei com essa turma. Não suportam ser confrontados. Têm sempre a última palavra. Não cedem um só milímetro.

Que o vírus do ódio não nos mate a democracia

Que o vírus do ódio não nos mate a democracia

Após um lapso literário abissal, eu lia “1984”, de George Orwell, o tipo de livro que reitera a absoluta e crucial necessidade de defender a democracia e a liberdade de expressão com unhas e dentes. Ditadura é osso. Contra o autoritarismo vale tudo, inclusive, bater panela, protestar pelado na rua ou trepar nos velhos monumentos da república cagados pelos malditos pombos.