A teoria de Darwin aplicada às popozudas

A teoria de Darwin aplicada às popozudas

Hoje quero comentar sobre o processo de seleção e evolução das mulheres exuberantes. Mas peço um pouquinho de paciência ao leitor. Antes é preciso fazer alguns comentários introdutórios.

O capitalismo turbinado vigente, em que as pessoas são cegamente submetidas às leis do mercado, é uma espécie de sociedade darwinista. Ou seja, vigora a lei do mais apto. O filósofo Herbert Spencer, não sei se por ignorância ou por pura má-fé, adaptou o princípio da “lei do mais apto” para a “lei do mais forte” e ajudou a dar sustentação ideológica ao Nazismo de Hitler, com sua superstição de raça superior ariana.

Não vamos lucubrar aqui aonde esta coisa de sociedade darwinista vai dar. Penso, sem maiores fundamentações, que vai ser mais ou menos como aquela anedota do pessimista e do otimista. O otimista supõe que no futuro, quem quiser sobreviver, vai ter que comer estrume. Já o pessimista acha que não vai ter estrume pra todo mundo.

Aliás, a Biologia moderna é pouco transcendente e nada otimista com relação às espécies, tais como as conhecemos. Richard Dawkins, um dos mais influentes dos neo-evolucionistas, criou uma subteoria muito curiosa (ou seria apenas um divulgador?): a Teoria do gene egoísta. Segundo essa teoria o indivíduo não é o ser fundamental. Nós, seres humanos, com toda utopia, empáfia e pretensão de transcendência, seríamos meramente assessórios dos genes. Talvez uma ponte ou conduíte usado pelos genes para que possam proceder a ocupação espacial e a travessia do tempo. Os genes, estes sim. Seriam os seres fundamentais das espécies.   

Quero comentar apenas a Teoria da Evolução Aplicada a um evento trivial que está em marcha em nossos dias, que é o domínio das beldades boazudas. Mas antes quero relatar ainda um dos casos mais ilustrativos da teoria da evolução aplicada, que é o do caranguejo-samurai do Japão. Esse crustáceo tem na carapaça uma efígie de um samurai enfezado. Só que o caranguejo com estas características é mais ou menos recente. E como ele surgiu e se firmou?

Os ancestrais dos atuais caranguejos tinham algumas manchas, que não obedeciam a uma ordem rígida e que eventualmente se pareciam com um rosto. Mas sempre que os caçadores de caranguejo achavam um, cujas formas se pareciam com a face de um samurai, movidos por alguma crendice, eles o soltavam. Já os que não tinham essas características eram capturados. Com isso os caras-de-samurai começaram a se tornar maioria, pois encontraram sua “aptidão” e sempre sobreviviam. E assim conseguiam gerar descendentes sem maiores problemas. Depois deixaram de ser maioria e passaram a ser a totalidade da população daquele ambiente.

Fenômeno semelhante está acontecendo com as mulheres de bumbum carioca e peitões texanos. Não que alguém esteja capturando as mulheres menos dotadas e as sacrificando. Não chegamos ainda a esse grau de barbárie. O que acontece é um fenômeno de seleção menos radical, ou natural, por assim dizer. Primeiro, é que a quantidade de homens com aptidão para formar casal e procriar está proporcionalmente reduzido em relação às mulheres. Segundo, é que os homens aptos preferem as mulheres decididamente boazudas.

Ocorre que as popozudas estão tendo mais chances de gerar descendentes, cujas filhas por certo, tenderão a ser também popozudas. Dentro de algumas gerações, salvo algumas dissidências da genética, todas as mulheres terão pernas longas e torneadas, cinturinha de vespa, bumbum gordo e empinado e peitos arfantes, à la Pamela Anderson, sem auxílio do silicone.

Estou convencido de que Darwin realmente foi o maior cientista da história. E vivam as mulheres resultantes da teoria da evolução das espécies!