No início do ano a Netflix renovou o seu catálogo no Brasil. Alguns filmes e séries foram retirados de circulação e novos títulos acrescentados. Entre as novidades, estão produções indicadas ao Oscar 2017, sendo que algumas delas chegaram a vencer a competição. Como é o caso de “Moonlight” (Barry Jenkins, 2017), que levou o prêmio nas categorias de melhor filme e melhor roteiro adaptado; e “Os Capacetes Brancos” (Orlando von Einsiedel, 2016), que venceu como melhor documentário de curta-matragem. Os filmes foram organizados em ordem alfabética.
O filme baseado em fatos reais conta a história de Desmond T. Doss, um médico do exército americano que foi o primeiro desertor de consciência, ou seja, quem se recusa a pegar em armas. Durante a Batalha de Okinawa, na Segunda Guerra Mundial, ele salvou a vida de cerca de 75 homens feridos, inclusive soldados do exército inimigo. Ele foi indicado ao Oscar nas categorias: melhor filme, melhor direção, mixagem de som, edição de som e edição.
O documentário norte-americano critica a décima terceira emenda da Constituição dos Estados Unidos, que, segundo o filme, foi uma alternativa de manter trabalhos braçais dos afro-americanos mesmo após a abolição da escravidão. O documentário mostra os mecanismos utilizados para a manutenção desse quadro a partir da criação do mito do “negro perigoso”, que promove uma série de violências e o encarceramento em massa da população negra no país. O filme foi indicado na categoria de melhor documentário de longa-metragem.
“Extremis”, dirigido por Dan Krauss, é um documentário original Netflix centrado nos últimos dias de vida de pessoas que estão internadas em Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), ligadas a aparelhos. Sem conseguir responder por si mesmos, cabe aos médicos e familiares a dolorosa tarefa de tomar decisões drásticas que envolvem todo o futuro dos pacientes. O filme foi indicado ao Oscar na categoria de melhor documentário de curta-metragem. No entanto, não venceu.
O filme conta a história de Jacqueline Kennedy, esposa do 35º presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, que foi assassinado em novembro de 1963. Centrada nos quatro dias posteriores à morte do presidente, a narrativa gira em torno do trauma que Jackie vive e as maneiras que encontra para lidar com eles na Casa Branca. O filme foi indicado ao Oscar nas categorias: melhor figurino e melhor trilha sonora.
O documentário narra a história de superação de Owen Suskind, um jovem adulto autista que possui dificuldades para se comunicar em razão da sua condição. Sem conseguir falar durante anos, ele encontrou quando criança uma maneira criativa e inusitada de manter diálogo com a família: reproduzindo diálogos de filmes de animação Disney. Cantando músicas temas das produções e repetindo falas de personagens, Owen e seus pais conseguiram se reaproximar. O filme foi indicado na categoria melhor documentário de longa-metragem.
“Lion: Uma Jornada Para Casa” narra a dura saga de Saroo, um garoto indiano que se perde da família aos 5 anos de idade e vai parar em uma cidade desconhecida. No local, ele é levado a um orfanato e acaba adotado por uma família australiana. Já adulto, Saroo decide reencontrar a sua antiga família e utiliza as poucas referência que possui da infância para descobrir a cidade em que vivia. O filme foi indicado nas categorias: melhor filme, fotografia, trilha sonora e roteiro adaptado.
O filme é centrado na vida de Chiron, um jovem negro de uma comunidade pobre em Miami, vítima de Bullying e cuidado pela mãe usuária de drogas. Ele é apadrinhado por um dos chefes do tráfico local, que passa a servir como uma imagem paterna. O garoto trilha uma jornada de autoconhecimento e busca por afeto. “Moonlight” foi premiado nas categorias: melhor filme e melhor roteiro adaptado. Além disso, ele também foi indicado por melhor direção e melhor fotografia.
Vencedor do Oscar na categoria melhor documentário de curta-metragem, “Os Capacetes Brancos” é uma produção original Netflix que narra a história de um grupo de voluntários de nome homônimo que se dedica a tentar resgatar vítimas civis de ataques na Síria. Foi o segundo documentário do diretor Orlando von Einsiedel a concorrer ao Oscar. Em 2014, “Virunga”, também dirigido por ele, disputou a estatueta.